Ansible é uma ferramenta de automação de TI de código aberto que permite a implantação, gerenciamento e configuração de sistemas e aplicativos de forma eficiente e consistente em uma ampla variedade de plataformas. Ele usa uma abordagem de “infrastructure as code” (infraestrutura como código), permitindo que você descreva sua infraestrutura em um arquivo de configuração que pode ser versionado e compartilhado entre a equipe.

Com o Ansible, você pode definir as configurações desejadas para seus sistemas em arquivos YAML chamados “playbooks”. Os playbooks contêm uma lista de tarefas que o Ansible executa em cada sistema alvo, usando módulos específicos para manipular os recursos do sistema, como pacotes, serviços, usuários, arquivos de configuração e muito mais.

O Ansible é altamente escalável e pode ser usado em uma ampla variedade de casos de uso, desde a implantação e configuração de servidores e aplicativos até a gestão de infraestruturas em larga escala e a automação de processos de desenvolvimento de software.

Estrutura do Ansible

A estrutura do Ansible consiste em três principais componentes:

  1. Control Node (Nó de controle): É o servidor que executa o Ansible e controla a automação. Ele é responsável por gerenciar e executar as tarefas nos hosts de destino, através de conexões SSH (Secure Shell) ou WinRM (Windows Remote Management).
  2. Hosts (Anfitriões): São os sistemas que serão gerenciados pelo Ansible. Eles podem ser servidores, máquinas virtuais, dispositivos de rede, contêineres, entre outros.
  3. Inventário (Inventory): É um arquivo que contém a lista de hosts que serão gerenciados pelo Ansible, juntamente com informações sobre como se conectar a eles (como endereços IP, nomes de usuário, senhas, chaves SSH, etc.).

No geral, a estrutura do Ansible é projetada para ser simples, flexível e escalável, permitindo que as equipes de infraestrutura e desenvolvimento gerenciem facilmente sua infraestrutura e automatizem seus processos.

Elementos do Ansible

Os elementos principais do Ansible incluem:

  1. Playbooks: São arquivos YAML que definem uma sequência de tarefas que devem ser executadas nos hosts gerenciados pelo Ansible. Cada tarefa é definida como um módulo do Ansible que é executado em um host ou grupo de hosts específico.
  2. Roles: São uma maneira de organizar e reutilizar os playbooks. Uma role é um conjunto de tarefas, variáveis, arquivos e templates que podem ser compartilhados entre vários playbooks. Ela pode ser usada para definir a configuração padrão de um serviço ou aplicativo em um ambiente específico.
  3. Inventário: É um arquivo que contém a lista de hosts gerenciados pelo Ansible, bem como informações sobre como se conectar a eles. O inventário pode ser organizado em grupos e subgrupos, permitindo que as tarefas sejam executadas em hosts específicos ou em todo o grupo.
  4. Módulos: São blocos de construção fundamentais do Ansible. Eles são pequenos programas que são executados nos hosts gerenciados pelo Ansible e são responsáveis por realizar tarefas específicas, como instalar pacotes, criar usuários, gerenciar arquivos de configuração, entre outros.
  5. Variáveis: São valores que podem ser usados ​​nos playbooks e roles do Ansible para personalizar a configuração de um host ou grupo de hosts. As variáveis podem ser definidas em arquivos YAML, em inventários ou passadas como argumentos na linha de comando.
  6. Ad-hoc Commands: São comandos executados diretamente na linha de comando do Ansible sem a necessidade de escrever um playbook. Eles são usados ​​para executar tarefas simples e imediatas em hosts gerenciados pelo Ansible.

No geral, esses elementos do Ansible trabalham em conjunto para fornecer uma plataforma de automação de TI poderosa e flexível que pode ser facilmente adaptada para atender às necessidades específicas de uma organização.

Como utilizar o Ansible no Ubuntu?

Instalação:

  1. Abra um terminal no Ubuntu.
  2. Atualize o gerenciador de pacotes APT para garantir que você tenha a versão mais recente:
    • sudo apt update
  3. Instale o Ansible usando o comando APT:
    • sudo apt install ansible
  4. Após a instalação, verifique se o Ansible está instalado e em qual versão, usando o comando:
    • ansible --version

Criar um arquivo de inventario:

  1. Abra um editor de texto como o vim ou o nano.
  2. Crie um novo arquivo e salve-o com o nome de sua escolha. Por exemplo, “inventory.ini”
[webservers]
web1.example.com
web2.example.com
[databases]
db1.example.com
db2.example.com

O exemplo acima define dois grupos de hosts: “webservers” e “databases”. Cada grupo inclui uma lista de hosts separados por uma nova linha.

Ansible AD-HOC

  1. Digite o seguinte comando para executar um comando ad-hoc no seu inventário Ansible:
    • ansible -i inventory.ini all -m ping

O Ansible ad-hoc pode ser uma maneira rápida e fácil de executar tarefas simples em seu inventário Ansible sem precisar criar um playbook completo. No entanto, para tarefas mais complexas, é recomendável criar um playbook personalizado para melhor gerenciamento e reutilização do código.

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